sexta-feira, 19 de abril de 2013

IMPACTO AMBIENTAL E SAÚDE – RODOANEL E A QUALIDADE DE VIDA NO GRANDE ABC





    Confesso que não dava o devido valor ao estudo do impacto ambiental em obras que são de imediato interesse publico.

    No caso do Rodoanel, essa obra era inadiável para desafogar o trânsito na Grande São Paulo; mas o custo ambiental está sendo indevidamente pago sem compensação por algumas comunidades em torno e dentro desse bolsão de poluição adicional que foi criado. Pois essas áreas já tinham sua intensa cota de poluição autógena.

    O problema se agravou com a nova lei de circulação de caminhões na cidade de São Paulo; pois o número de veículos, especialmente veículos a Diesel sempre mal regulados quadruplicou; isso só no trecho sul; imagine quando ficar completa a inevitável obra; a região se transformará numa panela de pressão de poluição com todas as doenças advindas delas; pois nossos medíocres políticos do passado e do presente nos deixaram reféns do transporte sobre rodas; quando todos os países de primeiro mundo fizeram e fazem seu desenvolvimento em cima de trilhos.

    O estrago já está feito; o que fazer?

    Criar mais hospitais para atender ao intenso volume de doenças alérgicas, respiratórias, câncer, doenças degenerativas do SNC?

Dar remédios de graça?
Isso é tratar a saúde com estupidez.

    Uma solução paliativa e curativa num longo prazo:

    “Forçar” a comunidade política local a tramitar, aprovar e fiscalizar Projetos de Lei que destinem ao menos 30% da verba arrecadada no malfadado pedágio (fonte de muita corrupção envolvendo a obra – como em todas as outras neste país) para desapropriar áreas não utilizadas seja publicas ou privadas para a formação de bosques e praças de lazer e atividades.

    Nesses Projetos deveria existir a obrigatoriedade de plantar dezenas de milhares de árvores ao mês.

    Por que árvores e não hospitais e outras formas de valorização da doença?

Está mais do que provado a sua utilidade.

    Perspectiva de ação real?

    Ridícula.

    A região se tornou uma espécie de dormitório de quem trabalham em Sampa; pois lá se criou uma bolha de inflação imobiliária; os novos habitantes estão preocupados apenas com o tempo que levam para chegar ao trabalho.

    A classe política local apenas se preocupou em ajudar a invadir áreas de proteção ambiental para aumentar seus votantes...

    E o que eu tenho a ver com isso?

    Se quanto mais pessoas sofrendo de rinites, sinusites e outras doenças que estão sendo criadas e acentuadas por isso; mais eu posso faturar para pagar minhas contas?

    Segundo a ética dos em torno: deixa de ser um ambientalista idiota...
    Cai na real.
    Fica na tua...
    Relaxa e goza na fartura...