quinta-feira, 29 de abril de 2010

O FERMENTO QUE LEVEDA A MASSA – REFLEXÃO DE IDÉIAS

Alguns acontecimentos noticiados no dia a dia dos últimos tempos nos mostram a importância e a força das idéias e dos idealistas convictos; que, mesmo sendo ainda poucos podem derrotar grandes corporações e jogo de interesses que se degladiam entre si na arena da ganância dos próprios desejos pessoais.
Pegando carona em assuntos do momento; esse mecanismo, explica, por exemplo, por que a usina de Belomonte não será construída apesar das bravatas de alguns fortemente interessados – e explica por que a maioria das pessoas que tomou a primeira dose da vacina H1N1 se recusará a tomar a segunda mesmo sob pressão de noticiários sob encomenda.
Claro que tudo depende da convicção e da capacidade de convencimento das forças oponentes seja pela qualidade dos argumentos, pela truculência; ou pelo poder da grana.
Como isso acontece?
A partícula de energia liberada pelo pensamento detém a possibilidade de receber a ação do sentimento, que a direciona e impulsiona seja para o bem ou para o mal.
Na falta de melhor terminologia podemos chamar essas partículas de raios da emoção e do desejo; que formam um campo magnético (campo da aura humana) no qual o emissor passa a viver. Elas quando emitidas pelo indivíduo são capazes de afetar o campo magnético de criaturas que vibram no mesmo padrão, numa incessante troca de imagens e símbolos entre os cérebros, refletindo e retornando ao emissor. Essa é a forma de comunicação básica entre o plano físico e o extrafísico.

Não é preciso estar presencial.

Na nossa linha mestra do exercício desta reflexão, a colocação de Jesus sobre o fermento que leveda a massa serve de diretriz.
Á primeira vista imaginamos que esse fenômeno estivesse vinculado apenas aos exemplos de postura e atitudes; mas, fica a cada dia mais claro que somos capazes de interagir e modificar tanto o nosso padrão vibratório; quanto interferir no dos outros; por processos eletromagnéticos que não vemos, mas que podem ser medidos e avaliados.
Convém associar o conceito do “vigia e ora”, pois se vigiarmos e orarmos (nada a ver com rezadeira – conversar mentalmente com o ecossistema que será destruído com a construção da usina é uma forma xamânica de oração) continuamente; daí, a influência que exercermos uns sobre os outros passa a ser cada vez mais salutar e até amorosa.

Alerta:
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura” (DP)

Quando não agüentamos mais e nos sentimos “esgotados”; imaginando que o mal, através dos interesses escusos e egoístas de algumas pessoas e corporações sempre triunfará; neste momento a influência da indução das idéias de outras mentes que comungam conosco os mesmos ideais nos abastece e fortalece; mesmo que através da mídia recebamos ordens de pender para o lado do negativismo; pois, se estivermos continuamente abertos ás nossas próprias idéias e convicções; nós nos tornamos refratários às ações malfazejas, caminhando mais facilmente para a paz e o equilíbrio.

A cooperação pode ser comparada a um processo de simbiose mental – emocional. “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome; entre eles estarei” (Jesus).
Até que se torne comunhão; a vida em simbiose pode ser simples e útil; quando os seres se realimentam; tanto em energia quanto em idéias e aprendizado.

Por que razão os dois exemplos de interação em andamento que demos resultará na vitória do bom senso?
Quando um começa a lucrar ás custas de um prejuízo ao outro a relação desemboca no parasitismo; que no ser humano além de colaborar para esgotar as energias do outro, ainda é gerador de kharma negativo. Por outro lado; essa relação é benéfica a todos quando as capacidades mentais do hóspede superam a do hospedeiro; abrindo-lhe novos horizontes e isso acaba sendo repassado a todo grupo e a comunidade – no caso, todos nós como sociedade sairemos lucrando com a discussão social; mas ainda tenha pouco da arte da política; embora a conta bancária de alguns sofra.

Cuidado:

As coisas não são tão simples como parecem; pois, os desajustamentos simbióticos entre mentes; leva á doença mental com repercussão ao longo do tempo no corpo físico (no caso: instituições; grupos; partidos políticos); os sintomas são de toda natureza, nos mais variados sistemas públicos e privados e nos órgãos; também os desmaios e as convulsões são comuns (chiadeira das empresas perdedoras e dos seus prepostos que deixarão de lucrar).
O conjunto dos peripakes costuma ser tão “nada a ver uma coisa com outra” que, causa espanto e desconcerta os profissionais, pois não se enquadram em problemas conhecidos; muito menos podem ser diagnosticados por aparelhos que possam medir a falta de energia em breve futuro.

Claro que a mídia; especialmente a TV mina pouco a pouco a já combalida mente dos eternos espectadores; e, além de minar-lhe as forças e qualquer tipo de resistência psicológica, quase zerando a força da vontade; passa a impor idéias de comprar tudo que lhe seja oferecido e a cobaia as recebe e assimila agindo como se fossem suas.

Mas, é preciso que os idealistas não esmoreçam nem se vendam, como o fizeram os antigos revolucionários que lutaram contra a ditadura (parte apenas fingiu) e hoje usufrui de algo que não fez por merecer.
No exemplo citado: como nos movimentamos na aura do planeta como parte constituinte e integrante dela; nossa mente interage com as que lhe são afins o tempo todo; daí, nós influenciamos e somos influenciados para impedir que desastres sejam perpetuados.

Cuidado:
Podemos deduzir que a obsessão gerada pela mídia de ação rápida planejada ou involuntária; é agente importante tanto na constituição quanto na manutenção da doença dos interesses escusos de qualquer tipo; tanto que quando caminhamos em direção á cura que é gradual, o tratamento de desobsessão é vital, sem ele é quase impossível a cura.

Se não puder nem quiser fazer algo pelo bem da comunidade e do planeta; ao menos ore; apenas um pouquinho acima dos interesses do seu próprio umbigo (interesses pessoais e familiares).
Nem que seja em oração: junte-se aos que prometem agir:
Os Kayapó Metuktire, da aldeia Piaraçu, bem como diversos povos indígenas do Brasil, tem reafirmado sua luta contra a obra da Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). As ações se intensificaram depois que o leilão para a escolha do consórcio responsável pela construção da usina foi realizado no dia 20 deste mês, em Brasília. Desde sexta-feira (23), os indígenas paralisaram o tráfego da balsa que corta do Rio Xingu, na BR-080, no Mato Grosso.
Em 26/4, os grupos que serão direta ou indiretamente afetados pelo empreendimento mandaram recado contundente ao presidente Lula por meio de comunicado assinado pelo cacique Megaron Txucarramãe. No texto, eles dizem que Lula é o inimigo número um dos povos indígenas do país, seguido de Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Leia na íntegra o comunicado:

Comunicado
Nós lideranças e guerreiros estamos aqui em nosso movimento e vamos continuar com a paralisação da balsa pela travessia do rio Xingu. Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva insistir de construir a barragem de Belo Monte nós vamos continuar aqui.
Nós ficamos com raiva de ouvir Lula falar que vai construir Belo Monte de qualquer jeito, nem que seja pela força!!!
Agora nós índios e o povo que votamos em Lula estamos sabendo quem é essa pessoa.
Nós não somos bandidos, nós não somos traficantes para sermos tratados assim. O que nós queremos é a não construção da barragem de Belo Monte.
Aqui nós não temos armas para enfrentar a força. Se Lula fizer isso ele quer acabar com nós como vem demonstrando, mas o mundo inteiro vai poder saber que nós podemos morrer, mais lutando pelo nosso direito.
Estamos diante de um governo que cada dia que passa se demonstra contra nós indios. Lula tem demonstrado ser inmingo número um dos índios e Márcio Meira, o atual presidente da Funai, tem demostrado ser a segunda pessoa no Brasil contra os índios, pois, a Funai não tem tratado mais os assuntos indígenas, não tem demarcação de terra indígena mais, não tem fiscalização de terra indígena mais, não tem aviventação em terra indígena.
Os nossos líderes indígenas são impedidos de entrarem dentro do prédio da Funai em Brasília pela Força Nacional. O que está acontecendo com nós indios é um fato de grande abandono, pois, nós indios que somos os primeiros habitantes deste paíis estamos sendo esquecidos pelo governo de Lula que quer a nossa destruição.
É esta a conclusão que chegamos.
Líder indígena Megaron Txukarramãe
Aldeia Piaraçu, 26 de abril de 2010.
Quem apenas cobra e não faz nada assemelha-se aos vampiros.
À semelhança do vampirismo nos reinos inferiores a relação entre hospedeiro (comunidade) e o agente invasor (corporações e donos do poder) é altamente lesiva ao que hospeda podendo levá-lo à loucura (desordens sociais) ou à morte (revoluções armadas). Mas, nas de longo curso sempre há a adaptação do hospedeiro ao parasita (reeleição de corruptos e medíocres).
As obsessões ou parasitoses corporativas podem ser ocasionais e temporárias; até aquelas as que ultrapassam a vida física do hospedeiro ou o que sofre a ação.

Há cura para nossa preguiça de pensar e agir?
A cura definitiva dessas verdadeiras infecções sociais e de falta de ética de todos os tipos; apenas se fará a partir do momento em que o hospedeiro (comunidade) ou o que sofre a ação melhore sua condição de inteligência crítica. A melhora da qualidade do oprimido é condição essencial para a resolução, pois “se apenas espantamos as moscas sem curar a ferida; elas ou outras sempre retornam”.

No pessoal:
Quer saúde? – Pense saúde!
Quer paz? – Pense e sinta paz!

Deixe de inventar problemas e invente soluções.

PENSE BEM.
PENSE FORTE.
SEJA CONVICTO.

domingo, 18 de abril de 2010

PENSAMENTO DA SEMANA - aí vem coisa braba

Todo juízo será pouco nos dias que se avizinham...

FALAR OU CALAR?

MUITAS NOTÍCIAS VÃO ROLAR NA TELINHA E NAS LETRINHAS...


CALAR É UM ATO DE INCLUSÃO OU DE EXCLUSÃO

Parar de falar; para ouvir; é um ato que nos inclui na turma da boa educação.

Calar: Quando alguém chega; exclui; fere; segrega.

Calar e virar as costas: É atitude de desprezo; que mostra quem somos: infantis; orgulhosos; autoritários...

Calar: Quando o interlocutor necessita de uma resposta, é indiferença ou crueldade.

Calar: para repensar é início de aprendizado da humildade.

Calar: e a seguir pedir desculpas é ato de nobreza.

CALAR NA HORA ERRADA

Não desapontemos, com o silêncio.

Procuremos fazer bom uso das oportunidades no falar; pois:

A comunicação é chave na civilização:
É preciso que penses, analises e comuniques o que estás a sentir; pois isso humaniza.

Dica:

Não nos esqueçamos: os outros não têm o dom da adivinhação de quem vai cair quem vai subir; quem vai passar pro lado de lá...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

EU ME PENITENCIO – UMA BASTA Á HIPOCRISIA

Na qualidade de ex-católico; hoje, apenas simpatizante fervoroso das suas atividades sociais e políticas no brasil. Criado sob os dogmas da antes para mim da santa igreja – na qualidade de batizado, crismado, coroinha, cruzado mariano (sob a direção espiritual de Freis Franciscanos – Frei Cassiano na paróquia de são José em Umuarama (PR); aluno das irmãs do sagrado coração (Colégio São José sob a direção da venerável Madre Maria Adelma) e depois dos Irmãos Maristas do Colégio arquidiocesano de SP – participante do projeto OICA da Diocese de Aparecida do Norte durante o curso de medicina realizado no período de férias de meio de ano da faculdade.
Como uma alma eternamente grata á contribuição que estes mentores me deram ao meu papel de evangelizador, dia e noite, usando minha vida como escritor e profissão; sinto-me no direito e na obrigação de cobrar da ATUAL direção da Igreja explicações claras do que sejam as penitências que os atuais viventes; ás custas dos fiéis novos e antigos pretende fazer.
Papa diz que Igreja deve cumprir penitência por casos de abuso
2 horas, 42 minutos atrás
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Papa Bento 16 disse nesta quinta-feira que o escândalo de abuso sexual que abalou o catolicismo mostrou que a Igreja precisa cumprir penitência por seus pecados, em uma rara referência pública do papa sobre a pedofilia no sacerdócio .
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"Agora, sob ataque do mundo que nos fala sobre nossos pecados, podemos ver que a capacidade de cumprir penitência é uma graça e vemos o quanto é necessário cumprir penitência e então reconhecer o que está errado em nossas vidas", disse o papa durante uma missa no Vaticano.
Isso envolveria "abrir-se para o perdão, preparar-se para o perdão, permitindo que se seja transformado", disse o papa, cuja última manifestação sobre o escândalo foi uma carta ao povo irlandês, divulgada no dia 20 d março.
O foco do papa Bento 16 na questão da penitência é um contraste à ênfase recente dos altos clérigos, defendendo a Igreja e o papa do que eles retratavam como uma campanha orquestrada por uma mídia hostil.
O assessor pessoal do papa chegou a comparar o escândalo de abuso ao anti-semitismo, gerando fortes críticas dos judeus e das vítimas dos abusos pelos padres.
O papa Bento 16 também respondeu aos críticos da Igreja, retratando-os como escravos de uma "ditadura" conformista.
"Conformismo que torna obrigatório pensar e agir como todos os outros, e a sutil -- ou não tão sutil -- agressividade contra a Igreja demonstra o quanto essa conformidade pode ser realmente uma verdadeira ditadura", disse o papa.
(Reportagem de Stephen Brown)
E aí seu Bento 16 – está com a palavra! – Sem enrolação – Sem motivos para piadas. Quantos dogmas vai jogar na lixeira? – Vai continuar com essa mentira de celibato?
Espero que não seja nada relativo ás piadas que nos deparamos na Net:
Um belo dia o pároco, arrumou algo para fazer mais interessante e lucrativa; e pediu á sua ajudante uma freira que o substituísse na tarefa da confissão – apavorada ela disse que não poderia; mas, ele a convenceu dizendo que deixaria uma lista de PENITÊNCIAS de acordo com o pecado. Mas, eles vão reconhecer que sou mulher - disse – O padre argumentou: a tela que protege a relação confessor/pecador não deixa perceber a voz – fica tranqüila mana é como votar no senado; ninguém vai saber quem está ali.
Constrangida ela aceitou a incumbência.
- Chegou o primeiro pecador e disse: Padre; eu traí minha esposa e estou muito arrependido não quero errar mais; estou disposto a reparar o erro – o que devo fazer para me PENITENCIAR? – A freirinha desesperada procurou na lista; e graças a Deus achou: - Traição conjugal: vai rezar dez pais nossos e quinze ave-marias e está perdoado.
- O segundo pecador: - Padre; eu xinguei meu pai; quase bati na minha mãe; estou muito arrependido; o que devo fazer? – A freirinha correu os olhos na lista de pecados e de penitências e logo encontrou: Desrespeitar pai e mãe: 2 pai nossos e 3 ave marias.
- Quando chegou o terceiro confidente pecador: - Padre; fiz uma chupetinha pro meu namorado; pretendo me casar e quero ser perdoada. Chupetinha, chupetinha pro namorado; a freira procurou várias vezes; não encontrou e quase entrou em desespero; puxou um pedacinho da cortina, e para sua salvação estava passando ali o chefe dos coroinhas – menino! – menino! – que penitencia o padre costuma dar para chupetinha?
- o garoto disse: - prá senhora não sei irmã – mas, prá mim foi uma coca-cola e um lanche!

Espero – Não – eu cobro desse papa – eu tenho esse direito adquirido - o que vai ser essa tal de PENITÊNCIA?

Pedir perdão; dizer que o dogma da infabilidade papal foi pro vinagre faz tempo; não adianta; praticar o suicídio também não convence.

Talvez a melhor saída esteja na nova safra de idealistas; de trabalhadores reais a serviço de Jesus.

Uma idéia: leiloe o vaticano e todas as propriedades da Igreja e ponha todos os religiosos a copiar PAULO DE TARSO e seus seguidores da época – não viva ás custas da mensagem do Mestre Jesus; TRABALHE e viva para elas e por elas. Não transforme a Igreja Católica num arremedo dos modernos profissionais Evangélicos como profetizou Jesus.

Bento 16 como penitencia sugiro que siga o mestre: vende tudo o que possuis dê aos pobres e me siga. Pare de fazer essa cara de coitado de quem não dorme há séculos.

Embora fiéis sejam como eleitores de curral espiritual.

Te cuida Papa Mané!

ESSA PENITÊNCIA NÃO VAI FICAR BARATA. – trata de esmiuçá-la.

Amém.

AS CRUZES NA BEIRA DA ESTRADA

Alucinados, na estrada da vida, extrapolamos os limites, desrespeitamos a sinalização; fechamos oportunidades de ultrapassagem para os objetivos dos outros, no trabalho, na vida em família, na arte da política...; enfim, em todos os sentidos da interação humana, nós derrapamos nas curvas dos desejos; ao nos imaginarmos os maiorais; os bam-bam-bam de qualquer coisa ou sapiência; os donos do mundo – Velozes e furiosos pilotando nossas máquinas de última geração (nossa atual existência); ofuscamos com nossa pseudo luz de faróis cada vez mais potentes os que trafegam no sentido contrário ás nossas ambições e destino; sem habilitação para a vida (educação ética) jogamos muita gente para fora da estrada da existência; imaginando estar impunes.

Dia destes, como passageiro, viajando numa estrada federal em Minas fiquei chocado com o número de cruzes á beira da estrada; sim, aquelas que indicam que alguém morreu ali de acidente; ás vezes era uma solitária, noutras várias: duas, três, quatro cinco.
Confesso que se estivermos atentos; essa visão; ela nos faz parar para pensar em quanto e no que nossa vida vale a pena – quanto pode nos custar alguns minutos de tempo a mais ou a menos na estrada da vida; ou o simples prazer de acelerar; acelerar... – sem prestarmos atenção ás belezas do caminho: árvores belíssimas, aves, animais, um nascer ou por do sol, uma lua cheia num céu estrelado
Confesso que choca.
O que estou fazendo eu na estrada da vida; como estou trafegando?
De repente, numa curva do caminho está lá; fincado no chão; com ou sem adornos de flores vivas ou de plástico o simbolismo ainda tétrico para nossa atual visão de mundo: uma cruz espetada na terra, um perturbador aviso a nos relembrar que um dia, naquele lugar, alguém se bandeou para o lado de lá, talvez por descuido, ou por uma dessas fatalidades do destino; O que fazemos: um automático sinal da cruz, uma leve reduzida, e sai da frente que atrás vem gente; lá vamos nós, alucinadamente...

Quero repensar minha viagem – se eu me tornar uma cruz na beira estrada (esse é de certa forma nosso destino) não quero ser lembrado com “marditas” flores de plástico (dia de finados, aniversário, dia dos pais, natal e qualquer outra droga de datas comemorativas); gostaria de ser lembrado; apenas uma única vez com flores vivas: lembranças de saudade verdadeiras, lágrimas de saudade real, sem apego; apenas com emoção ligeira e passageira; até a próxima parada.

Amigos:
Que nosso final de existência seja como as cruzes plantadas na beira da estrada; mas, não importa se bem cuidadas e com canteiro de flores ou caindo aos pedaços:

Apenas que não estejam ali em vão... Apenas relembrando aos incautos viajores; que devemos estar atentos aos perigos da estrada.

Nem vítimas; nem réus; apenas simples cruzes na beira da estrada sem nome – sem dono - onde gostem de nascer as flores do campo e sintam prazer os pássaros em cantar nas proximidades – sem atrair romeiros nem buscadores de milagres.

domingo, 11 de abril de 2010

BELEZA ARTIFICIAL

Difícil saber o que o azulado poeta Vinicius de Morais quis dizer com: “que me perdoem as feias; pois beleza é fundamental”. Certamente na “relativa pureza” da sua época não havia as armadilhas da beleza artificial como na atualidade – no caso da beleza feminina: peitos eram peitos e não plástico mole; sujeitos a vazar ou explodir ao menor apertão; bundas arrebitadas eram arrebitadas mesmo e não enchimentos; narizes e traços bem delineados era efeito de DNA e não de cirurgias que esculpem e (d)esculpem – os acessórios eram mais ou menos naturais.
Quando o “bom vivente” Vinicius ia transar não ficava preocupado de ficar com uma peruca na mão; um peito; algumas unhas; uma orelha; se ouvia na hora do amasso um fiúuu – era peido mesmo; e não um peito ou uma bunda vazando – naquela época: quase que, apenas olhos nos olhos e energia de sintonia ou tesão para os íntimos.

Não!
Ele não era um Don Juan; muito menos um devasso!
Era e continua sendo um ser amoroso do seu peculiar jeito azul de ser. Ele era e continua a ser: um bom filho, pai, marido, amigo, amante, escritor poeta; apenas foi um ser diferenciado na maneira de perceber a vida; se posicionar na maior dificuldade que assola o espírito índigo: inteligência a mil - emoções e afetividade a prá lá de meia boca.
Claro que, lá de vez em quando, teve suas escorregadelas e conseqüentes brochadas; mas, na maioria das vezes por ir muito fundo na sua pesquisa da arte da poesia e manguaçar demais, dormir pouco ou fumar muito; jamais pela falta de beleza da companheira (nem sempre física) – Viagra? Apetrechos de sex shop? - Nem em sonho; ele é um naturalista – no máximo uns ovinhos de codorna de vez em quando; uma garrafada com catuaba; nó de cachorro e outros bichos; apenas prá manter a acesa a chama do bicho de pé.
Acompanhei sua carreira com ímpeto juvenil; ele foi junto com outros da minha época (Henfil e toda turma do Pasquim; todos da MPB da época do quem sabe faz a hora não espera acontecer) de sonhos de mudar o mundo com tesão de viver a beleza ao natural.

Sou um cara pouco merecedor de presentes da vida; pois convivi com alguns de meus ídolos, apenas, por frações de minutos (conheci pessoalmente Chico Xavier na saída de um banheiro de estrada, no posto Castelo da cidade de São Carlos, numa de minhas viagens; com Vinícius e Toquinho pude conviver algumas horas na minha “república” antes de suas apresentações em nossa faculdade de medicina).

Que idéia eu retive dele e de sua obra?

Nem santo; nem anjo nem demônio – apenas uma criatura tão simples como eu e você a precisar ser aceita e amada – mesmo sem ter aprendido a amar; como seria possível.

De volta ele breve estará retratando o conceito de beleza de forma mais natural.
Sei lá o que essa eterna criança vai colocar ou já está colocando (fofocas do além – cuidado ele pode estar seu musical filho que aprende musica de orelhada cósmica); mas, acredito que sejam conceitos do tipo: beleza inteligente – pura sintonia – amor incondicional sem pieguices religiosas.
Mas, como ele ainda mantêm, como todos nós algumas características do ontem – ele manda um recado:

BELEZA NÃO TEM SEXO – É APENAS TESÃO ESPIRITUAL...

Daí, não o leve a programas de TV para ser exibido como gênio ou curiosidade.

Como saber se é ele?

Logo que aprender a falar vai dizer que beleza é fundamental!